A juiza da 1ª Vara Cível de Itu, no interior de São Paulo, aprovou parcialmente a liminar pedida pelos minoritários da Schincariol para suspender a venda do controle da cervejaria para o grupo japonês Kirin, segundo informou uma fonte ao iG. O processo, no entanto, corre em segredo de justiça, o que impede a sua divulgação.
Os controladores da Schincariol, Alexandre e Adriano Schincariol, e a Kirin vão recorrer da decisão em segunda instância. O processo será encaminhado para o Tribunal de Justiça (TJ) em São Paulo, onde será julgado por desembargadores.
O pedido de ação cautelar foi feito pelo escritório Teixeira Martins Advogados, em nome dos irmãos José Augusto, Daniela e Gilberto Schincariol. Donos da Jadangil, que possui 49,55% da empresa, eles solicitam a suspensão da venda da controladora Aleadri para a japonesa Kirin. A Aleadri possuía 50,45% da Schincariol e foi vendida por R$ 4 bilhoes ao grupo japonês na segunda-feira.
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O caso está nas mãos da juíza Juliana Bicudo, da 1ª Vara Cível de Itu, onde está a sede da Schincariol.
O escritório Mattos Filho representa os irmãos Adriano e Alexandre Schincariol, donos da Aleadri. A Kirin contratou o escritório TozziniFreire.
Segundo apurou o iG, o pedido de segredo de justiça foi atendido pela juiza por se tratar de um negócio que envolve somas elevadas e foi pedido pelos compradores.
Os acionistas da Jadangil argumentam que a Aleadri não respeitou o direito de preferência que teriam na aquisição das ações da Schincariol. Os advogados alegam, contudo, que esse direito não se aplica já que a Kirin comprou a Aleadri e não as ações da Schincariol diretamente.
(Fonte: IG – 04/08/20011 – Colaborou Olivia Alonso, de São Paulo)